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27.082016

Sistema prisional do Piauí prepara detentos para Enem 2016

Aconteceu, na Casa de Custódia, a primeira revisão geral do Enem para Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional 2016

Aconteceu, na manhã deste sábado (27), na Casa de Custódia de Teresina, a primeira revisão geral do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional 2016. Participaram 88 detentos vindos das penitenciárias Irmão Guido, Feminina de Teresina, Colônia Agrícola Major César Oliveira, Casa de Detenção de Altos e da própria Custódia.

A iniciativa é fruto da parceria entre a Secretaria de Justiça do Piauí e a Secretaria de Educação do Estado. Esta é a segunda revisão do Enem realizada no sistema prisional pelo Governo do Estado - a primeira aconteceu em novembro de 2015. Foram ministradas seis disciplinas na revisão: Biologia, Redação, Matemática, Linguagens, Química e Física.

"É uma oportunidade de mudar de vida que está sendo dada para todos nós. Sei que errei, estou pagando por isso. Quero cumprir minha pena, mas quero, também, me tornar uma nova pessoa e fazer as pazes com a sociedade, mostrando que eu me transformei", afirma Adroaldo Rodrigues, detento da Penitenciária Regional Irmão Guido.

Para o secretário de Justiça, Daniel Oliveira, só se pode falar ressocialização no sistema prisional assegurando investimentos que garantam o acesso da pessoa privada de liberdade aos programas educacionais. "A educação é a nossa principal diretriz, seja para a formação intelectual, para o aperfeiçoamento moral ou a preparação para o mercado de trabalho", pontua.

De acordo com a Coordenação de Ensino Prisional da Secretaria de Justiça, outra revisão do Exame deve ser realizada antes das provas - a Secretaria aguarda o lançamento do edital do Enem para definir a data. O material utilizado na revisão do Exame Nacional do Ensino Médio no sistema prisional é fornecido pela Secretaria de Educação do Estado.

Através do Enem para Pessoas Privadas de Liberdade, além de ingressar em um curso superior, os detentos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) podem obter o certificado de conclusão do Ensino Médio. Em 2015, nove detentos foram aprovados no Exame, três para cursos superiores e os demais receberam os certificados do Ensino Médio.

As pessoas privadas de liberdade que passam para cursos superiores precisam pedir autorização à Vara de Execuções Penais para cursar. De acordo com a Lei de Execução Penal, a cada 12 horas estudadas enquanto privado de liberdade, o detento tem direito a um dia de redução da pena, incluindo as horas estudadas em instituição de ensino superior.

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